Comportamento
de jogadores em jogos de azar
Os jogos de azar
foram proibidos no Brasil desde 1946 para evitar o vício, pelo General Eurico
Gaspar Dutra, com a intenção de evitar o vício. Ou seja, desde os anos 40 os
cassinos são ilegais no Brasil, o que não diminui o problema do vício nos
jogos.
O jogo existe
desde a Antiguidade, mas seu casamento com tecnologia e turismo é um fenômeno
do capitalismo do último século. A evolução do jogador social para o compulsivo
pode variar de seis meses a 20 anos. A forma habitual é a familiaridade com o
jogo, quando há prática no contexto familiar. Depois ele chega aos jogos mais
estruturados e de exploração comercial, como o jogo do bicho, bingo e loteria.
Assim como todos os jogadores, eles perdem e ganham de vez em quando, mas a
conjunção de problemas pessoais pelos quais a pessoa esteja passando naquele
momento faz com que sua memória apenas registre os altos valores ganhos. Mas o
que começa com uma brincadeira, pode tornar-se uma doença. Antigamente, a
dependência do jogo era predominantemente masculina. As mulheres não
apresentavam o problema, pois não frequentavam os ambientes próprios de jogos
de apostas. Devido ao aumento do número de casas de bingo nas cidades, as
mulheres se aproximaram do jogo e passaram a desenvolver a dependência.
A
característica essencial do Jogo Patológico é um comportamento de jogo mal
adaptativo, recorrente e persistente, que atrapalha a vida profissional, vida
pessoal, assim como o convívio com a família. A pessoa com esse transtorno pode
manter uma preocupação com o jogo, tais como, planejar a próxima jogada ou
pensar em modos de obter dinheiro para jogar, sem pensar nos próximos dias, sem
pensar nas perdas.
No começo, parece uma
diversão inocente: apostar alguns trocados na esperança de ganhar um dinheiro
extra. Mas as ilegais e coloridas máquinas caça-níqueis são o primeiro convite
ao vício, pois muita gente não consegue parar de fazer apostas. O jogo de azar
pode destruir a vida de uma pessoa que não resiste a essa tentação.
Os apostadores são as
maiores vítimas, pois muitos não sabem, mas o vício em jogos de azar é uma
doença psiquiátrica que precisa de tratamento.
Através do reforço emocional intermitente, onde
ganhar é um reforço positivo imediato e perder é apenas uma circunstância, o indivíduo apresenta o comportamento
compulsivo de jogar. Está sempre na expectativa de ganhar, como foi conseguido anteriormente.
Existe ainda uma sensação especial no comportamento
de risco, o que ocupa a mente do jogador fazendo
que passe a repetir o comportamento (dependência). O jogo pode tornar-se uma
grande fonte de prazer, podendo vir a ser a única forma de prazer para algumas
pessoas. O jogador compulsivo costuma se tornar inconsequente, gastando aquilo
que não tem, perdendo a noção de realidade.
As consequências mais
visíveis e comuns são os problemas emocionais, como baixa estima rupturas
conjugais e familiares, problemas financeiros, ausências, atrasos e baixa
produtividade nos trabalhos, além de má nutrição, como doenças graves
relacionadas com stress acumulado, tentativas de suicídio, chegando até a morte
em determinadas situações.
Em determinadas situações, o
jogador ao perceber o tamanho de sua dívida tem o comportamento de
desesperar-se, embora ele tenha vontade consciente de pagar suas dívidas, de se
recuperar e a ter uma boa relação com os familiares, torna-se algo difícil, por
ser um comportamento doentio.
Jogadores compulsivos podem se recuperar da
dependência mesmo sem parar de apostar.
Os Jogos e outros Vícios - "Os vícios surgem como consequência da falta de
autoestima. Se conseguimos mudar nossos pensamentos negativos deixaremos de
utilizar "a fuga", que conduz ao vício".
O viciado tem problemas
consigo mesmo e com tudo que está à sua volta e parece não conhecer outra
maneira de subsistir dentro deste mundo, a não ser através da satisfação de seu
vício. O jogo tem um poder de sedução, que mexe com a adrenalina do individuo,
o qual sente uma necessidade de realização que supera toda lógica. O vício é
tremendamente forte e as consequências que se derivam desta patologia são
danosas tanto para o viciado como para sua família.
Arrisca-se muito para viver por alguns instantes o prazer do jogo porque, na verdade, não se trata de ganhar. O prazer reside realmente no estar jogando. Aliás, quanto mais perde o jogador, mais sente o desejo de continuar jogando. O viciado não é capaz de dirigir suas próprias emoções negativas e é através do jogo que ele as libera para que não lhe causem tanta tensão interna. Todo vício suprime essas emoções nocivas, e assim, sem "sentir", ou seja, "fugindo", a vida.
Arrisca-se muito para viver por alguns instantes o prazer do jogo porque, na verdade, não se trata de ganhar. O prazer reside realmente no estar jogando. Aliás, quanto mais perde o jogador, mais sente o desejo de continuar jogando. O viciado não é capaz de dirigir suas próprias emoções negativas e é através do jogo que ele as libera para que não lhe causem tanta tensão interna. Todo vício suprime essas emoções nocivas, e assim, sem "sentir", ou seja, "fugindo", a vida.
O ser humano precisa beber e comer para
sobreviver, o viciado necessita de seu vício para viver. As primeiras são
necessidades básicas, inatas no ser humano; as necessidades manifestadas pelo
vício foram criadas pela sociedade de consumo em que vivemos. Esta mesma
sociedade que "reinventa continuamente a roda" ou está sempre mudando
os mesmos produtos, adicionando pequenas diferenças ou "vantagens"
para que não percamos o interesse por seu consumo.
Outra forma de se ajudar é o contato com
pessoas que passaram por experiências semelhantes, hoje superadas. O importante
é querer deixar o vício e procurar a ajuda necessária, tendo sempre em mente
que a sociedade de consumo está aí para instigar ao vício. Compete a nós a
escolha por uma vida menos materialista e mais voltada para outros valores não
perecíveis.
LORHANA AMARAL
Nooosssaaa que matéria show de bolaaa!!!
ResponderExcluirVocê manda muito bem!
Já passei por uma situação dessa em minha casa, mue pai era viciado em jogos, isso é muito triste, só quem passa por uma situação dessa é que sabe que não é brincadeira, o negócio é seríssimo.
Mandou bem!
Beijos gata!
Luan Rodrigues Guimaraes